terça-feira, 23 de março de 2010

PESQUISA MINERAL - PROCEDIMENTOS GEOLÓGICOS (PART2)

A METODOLOGIA GEOLÓGICA NA PROSPECÇÃO MINERAL

O conhecimento comparado da geologia das principais jazidas, em nível mundial ou regional, permite avaliar a possibilidade da região estudada possuir ou não determinados tipos de mineralizações ao observarem-se condições similares às daquelas áreas mineralizadas. Assim, é fundamental no método geológico ter conhecimento dos exemplares evolutivos das principais áreas mineralizadas do mundo bem como dos metalotectos (processos "construtores" de concentrações minerais ou feições indicadoras destas concentrações minerais) que ensaiam algum tipo de concentração mineral. Esta necessidade está vinculada ao processo mental, em que um pequeno indício pode levar a desconfiar da importância da área e eventualmente identificar uma região potencialmente mineralizada.

É importante que os profissionais envolvidos na pesquisa (principalmente geólogos), já no campo, comecem a testar hipóteses a partir dos indicadores de metalotectos. Como princípio metodológico deve-se partir do ‘geral’ para chegar ao ‘particular’. Este princípio está relacionado com a estratégia ou filosofia de trabalho de descarte das áreas sem interesse à medida que se desenvolve o projeto de pesquisa.

Desta forma, partindo-se de áreas maiores e usando escalas menores, definem-se áreas mais localizadas (alvos) que se apresentam geologicamente mais promissores para conter os minérios que interessam. Estas áreas menores são estudadas em escalas maiores com maior "resolução" cartográfica e maior densidade média de observações geológicas por unidade de área. De forma semelhante à área inicial, estas subáreas podem sofrer descartes para estudos de alvos mais detalhados ainda. Técnicas auxiliares diversas como geofísica, geoquímica etc., vêm em auxílio da geologia nos momentos julgados convenientes pela equipe que executa o projeto lembrando-se sempre, da necessidade de integração entre os geólogos e os especialistas destas técnicas auxiliares.

Empresas privadas normalmente não vão até a conclusão (mapa e relatório final) dos estudos regionais iniciais, deslocando a "mão de obra" geológica imediatamente para áreas-alvo. Isto, naturalmente, conduz a uma perda de informações relativas ao esforço realizado nas etapas iniciais, ganhando a companhia em tempo (e nos custos) da campanha.

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